Exposições

As Exposições do Projeto Museus e Artes Nômades irão levar ao público objetos e histórias. Cada objeto contém uma história, uma perspectiva, uma voz anteriomente silenciada e que agora se faz ouvir e ver. As coleções de objetos carregam diferentes relações. Objetos presenteados (nas viagens e andanças) por parentes de outros povos e etnias, marcando o que há de comum, de compartilhado, e que hoje integra os acervos. Há também o artesanato, como Boneco Papa Goiaba e a Viola de Taquara, que representam o papel criativo e difusor dos artistas Dauá e Opethara, bem como as pinturas, os grafismos e os desenhos – que contam histórias alternativas do Brasil e vizibilizam a história do povo Puri. Esses objetos expressam a relação de engajamento e ativismo indígena. Além das Exposições indígenas, faz parte a Exposição “Atlas Etno-histórico da Ressurgência Puri”, trabalho realizado pelo NEP-UFRRJ.

Papa-goiaba é uma expressão comum no Rio de Janeiro para designar, meio que jocosamente e pejorativamente, o morador de outras cidades e do “interior”, das zonas rurais. Ao Papa-goiaba se opunha o “Carioca”, nascido na capital. O boneco Papa-goiaba visa mostra o morador rural do interior representado nas suas raízes indígenas.

“O maracá ilustrado, proveniente da Venezuela, é uma produção dos povos do Caribe. No MCP, através da coexistência com as demais peças, ele expressa um dos muitos componentes que, juntos, expressam a persistência e força das culturas indígenas. Sendo conhecido e utilizado por diversas regiões de Abya Yala, o maracá é um dos mais conhecidos instrumentos –musical e ritualístico – das culturas indígenas. Assim, podemos dizer que, se cada povo tem a sua forma de produzir e adornar o maracá, ele também acaba sendo um elemento em comum entre diversos povos. O som do maracá, deste modo, é um som que remete ao que há de mais rico em nosso país e, ao mesmo tempo, reafirma a vivacidade e resistência dos povos indígenas”.

Dauá e a Viola de Taquara

“Mulher de Pedra”

Montanha na cidade de São Fidélis

Segundo uma história local de em São Fidélis, a montanha com contornos de uma mulher, se levanta às vezes e anda pelos vales da região. No desenho e obra de arte de Opethara Puri, a Mulher de Pedra tem revelada suas origens indígenas, mostrando como mitos das culturas indígenas foram formadoras das comunidades rurais e ainda continuam compondo o imaginário regional. O Povo Puri ocupou, tradicionalmente, as regiões montanhosas, estabelecendo diversas formas de manejo da biodiversidade, modos de vida e relações simbólicas.

Atlas Etno-Histórico da Ressurgência Puri

O Atlas Etno-histórico da Ressurgência Puri faz parte do Projeto do Atlas Etno-histórico Digital. É um conteúdo para promoção e apoio ao ensino de história e cultura indígena, aos processos de salvaguarda do patrimônio cultural indígena e à justiça territorial. É uma produção do NEP – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Etnicidade, Território, Natureza e Autonomias da UFRRJ.

Acesse abaixo o conteúdo do Atlas Digital.

https://arcg.is/uXPfn0